terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

MEU LABIRINTO


Coisas Minhas

Tem coisas tão minhas
Guardadas
Num silêncio
Que muitas vezes
Não compreendo...
Elas invadem as paredes
Da minha solidão
De sonhos, risos
Lembranças
Que agonizam
Ora doces,
Ora cheias de venenos...
De sins e nãos.
Coisas tão revestidas de abstratos
E, ao mesmo tempo,
De fatos, de caras e bocas
Comuns, especiais...
Imagens desconexas
E tão intensas,
Quase letais.
E moldam essa parede
De coisas tão perenes...
Imortais...
Que rogo a elas
Uma trilha de reticências...
Coisas que são minhas
Outras, não mais.

(Sirlei L. Passolongo)

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