Ingênua esperança
Hoje, lembrei-me um pouco da infância...
E retornei ao tempo em que eu brincava
Naquele verde intenso da invernada,
A vencer com vigor qualquer distância.
Meu coração remorso algum portava,
Saudade alguma me fazia assédio.
Nem solidão para trazer-me o tédio
Havia quando a sós eu me encontrava.
Mas da vida ao sentir fortes açoites,
Vendo meus dias se tornarem noites,
Nesta luta sem fim para viver:
Penso: (mas que ingênua essa esperança!)...
"Ah! Se eu voltasse, um dia a ser criança.
E assim ficasse, sem jamais crescer!"
Sá de Freitas
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